Avaliação do residente

Em nossa ultima reunião geral, um ponto foi bastante polêmico, o da avaliação do residente, o que para mim foi extremamente importante, pois permitiu que pudéssemos fazer o aprofundamento do tema. Neste aspecto apresento alguns textos nos link's abaixo, sobre o tema e que balizaram a minha proposição, ao defender que o rendimento escolar do estudante nas disciplinas teóricas e práticas e o resultado do trabalho de conclusão de curso sejam expressos nos conceitos satisfatório e insatisfatório, pois considero que deveríamos inovar no processo de avaliação, tendo em vista os seguintes aspectos:
A residência multiprofissional tem seus programas apresentados até o momento, com grande variedade de desenhos
metodológicos, mas todos, em uníssono, defenderam a utilização de
metodologias ativas e participativas e a educação permanente como eixo
pedagógico
. Tendo a avaliação que guardar correlação com esta proposição pedagógica, saindo da avaliação quantitativa e passando para um processo qualitativo, que quebre com o juízo de valor que é a marca preponderante da avaliação tradicional, e que traga fortemente dispositivos que possam contribuir com a articulação entre o processo de formação e a avaliação.
A definição de preceptoria, tutoria, campos de estágio, as ênfases dos programas,
as estratégias pedagógicas e os modos avaliativos são critérios de análise para acreditação dos programas
, sendo defendida estes critérios pelos diversos movimentos ocorridos em torno da residencia multiprofissional, como os encontros ocorridos e a comissão nacional.
Em nosso meio é muito precária as experiências exitosas de metodologias ativas, e principalmente com adequação da avaliação, implicando em parcas mudanças nos modelos pedagógicos das graduações na saúde, a partir das mudanças sugeridas nas diretrizes curriculares propostas em 2001, sendo assim estaríamos contribuindo com a experimentação de metologias ativas, contribuindo com atores que poderão mais a frente estarem construindo alternativas semelhantes em outros espaços de aprendizagem. Neste sentido estou defendendo o cultivo de um clima de
experimentação, a partir do qual poderemos ter a assunção coletiva dos
erros e acertos, proporcionando vivências de aprendizagem coletiva (e
individual) que poderá ser promotora de sentimentos de satisfação e ainda a possibilidade da produção cientifica relacionados ao ensino.

A facilidade com que um programa latu sensu pode estar alterando em seu modelo pedagógico, quando comparado com a graduação.
Uma avaliação que o processo seja o da verificação de alcance dos objetivos educacionais; e da compatibilização dos métodos de análise e verificação em relação aos princípios norteadores da construção curricular; a diversificação de fontes; a continuidade; a colaboração e o retorno, por se tratar de uma formação em serviço.
Estes não são todos os argumentos para a nossa ousadia em inovar no modelo de avaliação, más é o que tenho no momento para defender.
O modelo que proponho esta sendo utilizado em diversos programas, más um dos que considero com bastante exito é o dos cursos de graduação em enfermagem e medicina da FAMEMA no município de Marília - SP, neste sentido um dos textos proposto é o manual de avaliação da referida faculdade, e que sem medo de dizer, acho que deveríamos imitar.
Seria interessante se pudéssemos travar um debate em rede sobre esta questão pois facilitaria o encaminhamento do projeto e a nossa formação, já que assim podemos estar nos preparando para defender estas idéias, seja na residência, ou em outros cenários.

Link's

http://www.famema.br/avaliacao/manualavaliacao2006.pdf
http://www.interface.org.br/revista12/espaco1.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-40772008000100006&lng=pt&nrm=iso

Sugestão

Recomendo também a leitura das páginas 75, 93, 103, 104, 105, 137, 149, 167, 238, 299 e 315 do livro Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios / Ministério da Saúde
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livroresidenciamultiprofissional.pdf