Revista Brasileira de Educação Médica
versão impressa ISSN 0100-5502
Resumo
MARQUES, Rodrigo Coelho; MARTINS FILHO, Euclides Dias; PAULA, Guilherme Santos de e SANTOS, Rondinneli Roberto dos. Assédio moral nas residências médica e não médica de um hospital de ensino . Rev. bras. educ. med. [online]. 2012, vol.36, n.3, pp. 401-406. ISSN 0100-5502. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022012000500015.
OBJETIVOS: Conhecer a prevalência e as características do assédio moral nas residências médica e não médica em um hospital de ensino em Recife (PE). MÉTODOS: Um questionário foi elaborado para investigar a prevalência do assédio moral, os perfis do assediado e do assediador, e possíveis sequelas. Uma definição para assédio moral foi apresentada aos participantes. RESULTADOS: Foram entrevistados 105 residentes. A prevalência do assédio foi de 41,9%, sendo mais frequente em menores de 28 anos (46,3%), mulheres (45,8%), residentes do segundo ano (47,7%) e na área médica (46,8%). Essas diferenças não foram estatisticamente significantes (p = 0,082; 0,118; 0,349; 0,225, respectivamente). As mulheres referiram mais sequelas (p = 0,013), sendo a maior parte destas de origem psíquica (58,5%) ou profissional (39,0%). Os profissionais responsáveis pela preceptoria são os principais assediadores (40,7%), seguidos daqueles com cargos na coordenação (29,1%; p = < 0,001). CONCLUSÕES: 41,9% dos residentes já foram vítimas de assédio moral. Não houve diferença significativa de prevalência entre os grupos estudados. Os cargos próximos das atividades clínicas se mostraram mais propícios a cometê-lo (preceptoria e coordenação). O sexo feminino se mostrou tão suscetível ao assédio quanto o masculino, mas sofreu significativamente mais sequelas (p = 0,013).
Palavras-chave : Comportamento Social; Internato e Residência; Educação Médica.
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